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Sarah Rodrigurs • 2 de fevereiro de 2024

O Diagnóstico de TDAH na Idade Adulta

O Diagnóstico de TDAH na Idade Adulta

 Você já se perguntou por que certas tarefas parecem mais difíceis para você do que para os outros? Ou por que você se sente constantemente sobrecarregado, mesmo quando está tentando o seu melhor? Se você é como muitos adultos que foram recentemente diagnosticados com Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH), essas perguntas podem finalmente ter encontrado uma resposta. Descobrir que você tem TDAH na idade adulta pode ser um momento de iluminação, oferecendo clareza sobre suas lutas passadas e esperança para um futuro mais brilhante. Neste artigo, vamos explorar juntos como esse diagnóstico pode ser verdadeiramente libertador.

1. Autoconhecimento e Compreensão:
Receber o diagnóstico de TDAH pode ser como encontrar uma peça perdida do quebra-cabeça de sua vida. Finalmente, há uma explicação para os desafios que você enfrentou ao longo dos anos. Você percebe que suas lutas não eram simplesmente falhas pessoais, mas sintomas de um transtorno médico legítimo. Este entendimento pode ser um grande alívio e permitir que você se perdoe por erros passados, abrindo caminho para uma nova relação consigo mesmo.

2. Validando Experiências Passadas:
Muitas vezes, as pessoas com TDAH carregam um fardo de autocrítica devido às suas lutas com desatenção, impulsividade e hiperatividade. Mas com o diagnóstico vem a validação - suas experiências passadas agora fazem sentido. O que antes parecia incompreensível ou inexplicável agora tem uma explicação tangível. Esta validação pode ajudar a aliviar a carga emocional que você carregou por tanto tempo.

3. Explorando Estratégias de Manejo:
Com o diagnóstico em mãos, você agora tem acesso a uma variedade de estratégias de manejo que podem ajudá-lo a viver uma vida mais organizada e produtiva. Seja terapia cognitivo-comportamental, medicamentos, ou simplesmente técnicas de organização, há opções para ajudá-lo a lidar melhor com os sintomas do TDAH e alcançar seus objetivos.

4. Reconstruindo Relacionamentos:
O TDAH não afeta apenas você; também pode afetar seus relacionamentos pessoais e profissionais. Mas entender o TDAH pode ajudar a explicar padrões de comportamento que antes pareciam confusos ou até mesmo prejudiciais para aqueles ao seu redor. Com essa compreensão vem a oportunidade de reconstruir relacionamentos com base na empatia e na comunicação aberta.

5. Celebrando as Diferenças:
Embora o TDAH possa trazer desafios, também traz consigo muitos pontos fortes. Pessoas com TDAH frequentemente são criativas, apaixonadas e cheias de energia. Ao abraçar sua neurodiversidade, você pode aprender a capitalizar esses pontos fortes e encontrar um senso renovado de propósito e realização em sua vida.

Conclusão:
O diagnóstico de TDAH na fase adulta pode ser verdadeiramente libertador. Ele oferece autoconhecimento, validação e a oportunidade de explorar estratégias de manejo que podem melhorar significativamente a qualidade de vida. Ao reconhecer e abraçar suas diferenças, você pode construir uma vida mais satisfatória e autêntica. Lembre-se, não há uma abordagem única para gerenciar o TDAH, mas com paciência e apoio, você pode encontrar seu próprio caminho para o empoderamento e a liberdade.


Psicóloga Sarah Rodrigues
@psicologasarahrodrigues
 

LIFE TDAH BLOG

Por Sarah Rodrigurs 5 de fevereiro de 2024
Hoje, embarcaremos juntas em uma jornada de compreensão mais profunda sobre os desafios enfrentados por mulheres que lidam diariamente com o Transtorno de Déficit de Atenção e Hiperatividade (TDAH). Nosso foco estará na função executiva , uma área crucial que muitas vezes é afetada por esse transtorno e que desempenha um papel significativo em nossas vidas. A função executiva é como o capitão de um navio, guiando-nos através das águas turbulentas da vida cotidiana. Ela engloba habilidades essenciais, como planejamento, organização, tomada de decisões e controle de impulsos. No entanto, para aquelas de nós que vivem com TDAH, essa função muitas vezes parece um desafio monumental. Então, o que exatamente torna a função executiva tão desafiadora para pessoas com TDAH? A resposta está nas complexas interações neuroquímicas e neurais que caracterizam esse transtorno. Em termos simples, o TDAH está associado a uma diminuição na atividade de neurotransmissores importantes , como a dopamina , que desempenha um papel crucial no controle da atenção e do foco. Isso pode resultar em uma série de déficits na função executiva, afetando nossa capacidade de realizar tarefas cotidianas de forma eficiente e organizada. Aqui estão alguns dos principais desafios que enfrentamos: Dificuldade de Concentração: A capacidade de manter o foco em uma tarefa é frequentemente prejudicada, levando a constantes distrações e dificuldades para completar atividades. Procrastinação Crônica: A dificuldade em planejar e organizar as atividades diárias pode resultar em um padrão persistente de adiamento de responsabilidades. Impulsividade: O controle de impulsos é comprometido, o que pode levar a decisões precipitadas e comportamentos impulsivos. Desorganização: A habilidade de manter um ambiente de trabalho organizado e seguir uma rotina estruturada é frequentemente prejudicada. Dificuldade em Estabelecer Metas: Definir metas realistas e criar um plano de ação para alcançá-las pode ser um desafio, afetando a motivação e a direção. Problemas de Memória de Trabalho: A capacidade de reter e manipular informações temporárias é comprometida, dificultando a resolução de problemas e a tomada de decisões. Baixa Tolerância à Frustração: A dificuldade em lidar com situações estressantes pode resultar em reações emocionais desproporcionais e dificuldades para resolver problemas de forma eficaz. É importante lembrar que não estamos sozinhas nessa jornada. Com apoio, compreensão e estratégias eficazes de manejo, podemos enfrentar esses desafios e construir uma vida mais equilibrada e gratificante. Psicóloga Sarah Rodrigues veja mais no @psicologasarahrodrigues
Por Sarah Rodrigurs 6 de junho de 2023
A vergonha e a auto culpa pode resumir a vida de uma mulher com TDAH. As expectativas da sociedade não aceitam as dificuldades executivas de uma pessoa com TDAH, principalmente mulheres. Mulheres costumam ser vistas pela sociedade como pessoas organizadas, atenciosas, preocupada e preenchendo uma lista longa de expectativas a qual precisa administrar, a si mesma, a família, o lar, estudo, trabalho... Exigindo uma coordenação consistente das funções executivas. Exatamente essas funções que são um dos grandes desafios de uma pessoa com TDAH. É como se mulheres não ‘PODEM’ falhar na sociedade imagina uma mulher TDAH? As funções executivas vamos falar nos próximos conteúdos, mas aqui queremos trazer uma clareza dos desafios enfrentados por mulheres adultas que além de ter suas batalhas internas para lidar com sintomas do TDAH a sociedade espera do “ser mulher”. A dificuldade em diagnosticar mulheres está nas diferenças de manifestação dos sintomas que não segue o padrão, geralmente é observado apenas a desatenção que é uma das características. Quando falamos em TDAH em mulher é mais comum sendo diagnóstico de desatenção, sendo a hiperatividade vista mais em homens e ai está um dos grandes erros de diagnósticos. Médicos e professores geralmente ignoram o TDAH em meninas porque elas exibem sintomas de hiperatividade de maneira diferente. Por exemplo, em uma sala de aula, um menino pode deixar escapar as respostas ou bater o pé repetidamente e se levantar da cadeira, enquanto uma menina pode demonstrar hiperatividade ao falar incessantemente. Uma menina que fala o tempo todo é frequentemente vista pelo professor como tagarela, não hiperativa. A falta de estudos da manifestação dos sintomas em mulheres dificulta o diagnóstico sendo mal compreendido e negligenciado. Levando a muitas mulheres sentir uma exaustão mental que passam anos sem saber que sofrem dos sintomas do TDAH.
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